Pintura Eletrostática a Pó
Existem dois tipos de pintura de superfícies que requerem técnicas apropriadas: a pintura
eletrostática a pá e a pintura líquida. A principal diferença entre esses dois processos é a
utilização de solvente. Enquanto a tinta apropriada para pintura líquida deve ser dissolvida,
a pintura eletrostática a pó dispensa diluído em solvente e a não utilização desse processo
oferece menos danos á saúde e ao meio ambiente.
PINTURA ELETROSTÁTICA A PÓ
Existem diversas formas de utilização da pintura eletrostática a pó, sendo cada uma ideal
para determinados tipos de objetos a serem pintados, vamos a cada técnica:
Leito Fluidizado
Este tipo de pintura consiste em injetar o ar (seco e filtrado) em um recipiente que possui
uma placa porosa que acomoda a tinta granulada em pó. O ar que passa pela placa é regulado na
medida suficiente para que o pó fique em suspenso e se comporte como um fluido. O objeto a
ser pintado deve estar pré-aquecido e pronto para ser mergulhado no pó fluidizado. A simples
aproximação faz com que o pó entre em contato com o objeto até que se fundam. Para que a
tinta em pó fique totalmente fixada ao objeto, pode ser preciso coloca-lo em estufa
apropriada para que ocorra a polimerização do mesmo. A pintura Leito Fluidizado é recomendada
para revestimentos termoplásticos, que necessitam de um tratamento prévio para melhorar a
aderência da tinta.
Leito Fluidizado Eletrostático
é uma evolução do Leito Fluidizado, com a diferença que a placa porosa recebe eletrodos
ligados a uma fonte de alta tensão. Quando o pó entra em contato com os eletrodos, o mesmo
fica carregado eletrostaticamente e isso faz com que seja atraído pelo objeto a ser pintado -
que fica suspenso e devidamente aterrado-. é preciso realizar a polimerização( cura ) em
estufa apropriada para que a aderência da tinta seja adequada. Este processo permite pintar
objetos de formas geométricas mais complexas e oferece uma uniformidade na superfície, pois o
controle da aplicação da tinta é melhor.
Pulverização Eletrostática
Ideal para pintura em larga escala para objetos complexos, pois se baseia na atração das
cargas opostas (positiva e negativa), tornando o processo muito mais rápido e ágil. Neste
caso, o po seco também é colocado em um recipiente, porém a tinta é enviada para uma pistola
de pulverização eletrostática que lança a tinta sobre a peça. Dentro da pistola, a tinta em
po é carregada eletrostaticamente e cai no fluxo de ar até atingir o objeto aterrado. A
partir desse momento, o processo físico acontece: o campo elétrico se forma entre o bico da
pistola e o objeto fazendo com que a tinta lançada seja atraída eletrostaticamente. A
aplicação da pintura eletrostática a po pode ocorrer de duas formas: Carregamento por
ionização (efeito Corona): a ponta da pistola abriga eletrodos que exercem uma potência de
100 Kv, isso faz com que o po fique ionizado e seja atraído ao objeto. Carregamento por
atrito: o po entra em atrito dentro do corpo da pistola, portanto o ar não precisa ser
ionizado. Neste processo o po penetra em cavidades mais difíceis, mas por outro lado, as
pistolas devem ser maiores, dificultando o manuseio e diminuindo a produtividade.
A aplicação da pintura eletrostática a po pode ocorrer de duas formas:
Carregamento por ionização (efeito Corona): a ponta da pistola abriga eletrodos que exercem
uma potência de 100 Kv, isso faz com que o pó fique ionizado e seja atraído ao objeto.
Carregamento por atrito: o pó entra em atrito dentro do corpo da pistola, portanto o ar não
precisa ser ionizado. Neste processo o pó penetra em cavidades mais difíceis, mas por outro
lado, as pistolas devem ser maiores, dificultando o manuseio e diminuindo a produtividade.
Tipos de tintas utilizadas na pintura eletrostática a po:
Epoxi: possui excelentes propriedades, é anticorrosiva, tem otima
aderência e resistência química e mecânica. Aplicações indicadas: peças industriais,
tubulações marítimas e terrestres, vergalhões de construção civil, etc.
Híbrido (Epoxi-poliéster):é a mistura de resinas epoxídicas e poliésteres e
a cura ocorre na reação entre elas. Possui excelentes propriedades mecânicas e otima
resistência química. Aplicações indicadas: revestimentos de eletrodomésticos, autopeças,
móveis de aço, painéis elétricos, etc.
Poliésteres: sua base é a resina de poliéster e possui excelentes
propriedades mecânicas e alta resistência ao amarelamento durante a cura. Aplicações
indicadas: componentes automotivos, implementos agrícolas, esquadrias de alumínio, telhados
industriais, móveis de jardim, etc.
Poliuretanos: possui as mesmas características dos revestimentos em
poliéster, mas sua capacidade de atingir camadas inferiores a 40 micras é maior,
especialmente nas cores escuras. Aplicações indicadas: cabines telefônicas, grades e
esquadrias, máquinas, moveis de jardim, etc.
Tinta em po metálica: requer condições diferenciadas em relação à tinta de
cor solida. Recomenda-se a aplicação da tinta em po metálica de uma única vez. Deve-se
utilizar o mesmo lote de tinta para pintar toda a peça, afim de evitar a variação de
tonalidade. A relação entre a utilização de tinta em po virgem e reciclada deve ser de 70%
(virgem) x 30% (reciclada). A aplicação em grandes objetos deve ser feita mecanicamente para
manter o padrão de cor.
Campos de aplicação da pintura eletrostática a po:
- Transporte;
- Eletrodomésticos;
- Moveis e acessorios;
- Construção civil;
- Eletroeletrônico.
Vantagens da pintura eletrostática a po
- Grande variedade de aplicações;
- Dispensa o uso de solventes orgânicos;
- Oferece mínima agressão ao meio ambiente;
- Possibilidade de alto grau de automação;
- Rapidez na troca de cores, pois não há necessidade de utilizar solventes para limpeza;
- Economiza energia, pois há baixo consumo de ar nas estufas;
- Não ocorre perda do material na aplicação. O po que não fica na peça é reaproveitado. O
rendimento é de 98%;
- A aplicação ocorre em uma única camada em geral, não necessita primer;
- Elevada resistência química e mecânica (impacto, corrosão, radiação U.V., etc.);
- Possibilidade de conseguir camadas de 30 a 500 micra;
- Acabamento final atraente e de alto nível;
- O investimento em equipamentos é menor, pois as estufas não precisam de cortina d'água,
unidades de renovação de ar, controle de poluição e zonas de flash off.
Cuidados na aplicação da pintura eletrostática a po
- Os equipamentos operam com até 100.000 volts e ionizam até 9,0 m² ao redor do operador,
portanto é imprescindível utilizar os equipamentos de segurança;
- Somente operadores treinados devem manipular os equipamentos;
- A plataforma de operação deve estar aterrada;
- Deve ser feito o intertravamento de alimentação do equipamento com o sistema de
ventilação da cabine;
- No aterramento deve ser utilizado fio de 4,0 mm de bitola, de acordo com as normas da NBR
5410;
- Aterrar todo o sistema de pintura para que a descarga da carga estática seja direcionada
para a terra;
- As gancheiras devem estar sempre limpas para evitar faiscamentos, que podem queimar os
equipamentos;
- O operador também deve estar com equipamentos de aterramento, seja pela pistola ou
braceletes;
- Sempre realizar manutenção nos equipamentos. Se for necessária a troca de peças, utilizar
sempre as de boa qualidade, caso contrário pode ocorrer fogo na parte interna da cabine
(Flash Point) e possível dano físico ao operador;
- A manutenção deve ser feita por profissionais especializados e capacitados para garantir
o correto funcionamento do equipamento.