Especial pintura automotiva
Na pré-história, os homens já começavam a fabricar as tintas. As cores vinham do fumo, do
osso, da terra, e tinham como aglutinantes as gorduras animais. Conforme a civilização
evoluía as técnicas de pintura e de composição das tintas também se modificavam.
No setor automotivo, a pintura é responsável pela proteção e pela beleza.
A tinta representa 0,8% do valor gasto em um veículo, mas é um fator determinante na hora da
compra. Preferência, trabalho, revenda. Existem vários motivos. Entenda um pouco mais sobre
esse item que o brasileiro leva bastante em consideração na hora de escolher o carro que vai
levar para casa.
Composição:
A tinta é composta, basicamente, por duas partes: uma solúvel e outra sólida. A solúvel
representa os solventes ou a água e a sólida é formada pelos aditivos, pigmentos, resinas e
cargas. As resinas oferecem quase todas as características de uma tinta – brilho, espessura,
dureza, resistência - enquanto os pigmentos dão as tonalidades.
Mas, nem toda tinta é igual.As tintas automotivas se dividem em três tipos: sólida, metálica
e perolizada. A sólida apresenta as características básicas, as metálicas recebem no pigmento
partículas de alumínio, e as perolizadas ganham pigmentos de pérola - mais brilhantes e menos
visíveis à noite.
Os preços de cada uma obedecem também a essa escala de produção. Cada montadora trabalha com
uma faixa de preço, que pode variar também de acordo com cada veículo.
O produto guarda outras particularidades. Também há diferenças de composição de acordo com a
finalidade do produto. A tinta para repintura recebe alguns cuidados diferentes.
“Não é uma questão de qualidade, por que as duas são iguais nesse quesito. É uma diferença de
composição.
Na pintura, a carcaça faz a secagem na estufa, que atinge 150/160 Cº. No entanto, na
repintura, o carro não pode entrar na estufa, pois se fosse exposto a essa temperatura
danificaria a parte interna e toda a parte elétrica. Por isso, a tinta fica em temperatura
ambiente ou até 60 Cº”, afirma José Penalva, gerente técnico de suporte de vendas para
repintura automotiva da Basf.
Dica:
Trabalhar na produção de tintas requer cuidado. “Os técnicos devem utilizar macacão especial,
óculos de segurança e luvas (para evitar o contato e a inalação de substâncias tóxicas)”,
afirma Penalva. Porém, uma vez com a roupa de segurança, não existe um limite de contato do
copo e da tinta.
“Nas montadoras, os trabalhadores costumam fazer um revezamento, mas não devido ao tempo de
exposição à substância, mas por causa do cansaço físico”, afirma o gerente técnico da Basf.
Além da preocupação com a saúde, o manuseio dos componentes também requer atenção. Os
produtos não podem ser contaminados, por isso a vestimenta também é importante.